quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Apego x Desapego!

De acordo com o Dicionário Aurélio, as definições são:

Apego:

s.m. Sentimento de afeição, de simpatia por alguém ou alguma coisa: apego excessivo às honrarias.

Desapego:

s.m. Falta de apego; desafeição, desamor; desinteresse

Li uma história de uma família que se mudou do Chile para o Brasil e eles resolveram vender tudo: cama, mesa, sala de jantar, louças, sofá, utensílios domésticos, em fim, tudo!

Foi uma das melhores experiências de vida para este casal, pois eles conseguiram vender tudo. Porém trouxeram para o Brasil as coisas mais importantes: que foram as lembranças e os amigos.

O que eu percebo no mundo em que vivemos hoje é que as pessoas ( logicamente, sem generalizar ) estão invertendo as ordens do que realmente importa com o que não.

A importância de se ter um carro importado, viagens internacionais todos os anos, casas.... estão no lugar do que deveria ser relevante: relacionamento ( seja profissional, amoroso, familiar ), amor e respeito com o próximo, são alguns exemplos do que, para mim, deveriam estar em primeiro lugar.

Acredito que se as coisas estão aí, são para serem compradas, usadas e aproveitadas, sim! Somos seres humanos e gostamos de ter e possuir coisas boas e caras. Gostamos de nos exibir e deixar o outro com inveja. Isto faz bem para o ego.

Mas, até que ponto isto vale a pena?
Quando partirmos deste mundo, não importa a sua religião, lá eles não vão perguntar qual era o seu título, que carro você possuia, aonde morava... eles vão perguntar que bem você fez? Quantas lágrimas você ajudou a secar? Você era caridoso?

E caridade não é monetária, porque está é a mais fácil de todas: basta colocar a mão na carteira, tirar uma nota e dar para o mendigo ou para uma instituição de caridade.

Caridade no sentido maior da palavra: AMOR! Acho que falta amor neste mundo. As pessoas estão muito egoístas para ajudar o próximo, para dedicar alguns minutos do seu tempo e escutar um amigo, mas sem fazer críticas ou julgamentos.

Percebo que os relacionamentos estão cada vez mais superficiais e as pessoas não tem mais paciência para dialogar, consertar, fazer dar certo.

Já ouvi muitos casais falarem: "vamos nos casar, mas se não der certo a gente se separa." Se vai casar com este pensamento, então é melhor nem casar, porque com certeza não vai dar certo! E se separar hoje está muito fácil, afinal, até pela Internet já pode se divorciar.

Como uma das consequência, isto faz com que as pessoas estejam cada vez mais solitárias. Preferem ficar atrás do computador, na segurança do ambiente conhecido, do que sair e conversar olho no olho, cara a cara. 

Se a pessoa com quem estou "teclando" falar alguma coisa e eu não gostar, simplesmente falo que preciso sair e desligo o micro. Não preciso encarar e nem resolver o problema. Mas, se estou de frente com a pessoa, é muito mais difícil ir embora, precisaria ficar e conversar sobre o assunto.

Se nós não temos interesse em conhecer de verdade nossos pais e irmãos, como podemos nos entregar a um relacionamento profundo e verdadeiro?

Quem já perguntou para o próprio pai ou mãe, qual foi a melhor experiência de vida que eles tiveram? Qual foi a melhor viagem? As piores coisas que já aconteceram com eles?

É mais fácil eu me apegar a uma roupa, que se eu tenho que doar, parece que vou morer... do que a uma pessoa de verdade.

Gostaria de deixar duas frases para refletirmos:

- "Felicidade não é o destino e sim a viagem"
- "Só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partirmos"

E você, se apega mais ao material ou ao pessoal?

A sua escolha hoje, terá um preço a ser pago amanhã. Este preço pode ser bom ou ruim, vai depender de você!







 

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