sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Asteroide....Meteoritos.... O que virá depois?

Tivemos hoje na Terra dois eventos distintos, mas ambos muito interessantes para nossa história.

O primeiro evento, foi um meteorito que caiu em Tcheliabinsk, nos Montes Urais, no centro da Rússia.  O impacto ocorreu às 9h20, horário local (1h20 em Brasília). De acordo com a Nasa, ele tinha 15 metros de diâmetro antes de atingir a atmosfera da Terra, um terço do tamanho do asteroide DA14. O rastro luminoso do meteoro ficou visível por cerca de 30 segundos e foi mais brilhante do que o Sol.

O meteorito atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.

                         Rastro deixado pelo meteorito é visto no céu de Chelyabinsk, na Rússia

Não foram relatadas mortes em consequência do meteorito, mas o número de feridos é conflitante. A chefe do departamento de Saúde de Chelyabinsk Marina Moskvicheva disse à agência Associated Pess que 985 pessoas em sua cidade procuraram assistência médica e 43 estavam hospitalizadas.

Entretanto, uma fonte ouvida pela rede britânica BBC afirma que o número de pessoas que procuraram assistência para os ferimentos foi de 950 e destas, 46 permaneciam no hospital.
Moradores que estavam a caminho do trabalho em Chelyabinsk ouviram um barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor, de acordo com um correspondente da Reuters na cidade industrial, que fica a 1.500 quilômetros de Moscou.

"Houve pânico. As pessoas não faziam ideia do que estava acontecendo. Todo mundo começou a ir um na casa do outro para checar se estava tudo bem", disse Sergey Hametov, residente de Chelyabinsk, cerca de 1,5 mil km a leste de Moscou, a maior cidade afetada da região. "Vimos uma grande bola de luz quando saímos para ver o que era e ouvimos um som forte de trovão."
O segundo evento foi um Asteróide, batizado de Asteróide 2012 DA14.

Telescópio da Argentina capturou uma imagem do asteroide (o ponto branco no meio da imagem) em um dos locais mais próximos de sua passagem pela Terra

A Agência Espacial Europeia divulgou um comunicado informando que o meteorito que atingiu a região russa, não tem nenhuma relação com o asteroide 2012 DA14, que passou pela Terra nesta sexta-feira, uma vez que as trajetórias de ambos são diferentes.

De acordo com informações da Nasa, ainda estão sendo coletados dados sobre o meteorito, mas ele estaria viajando do norte para o sul, enquanto o asteroide DA14 faz sua trajetória do sul para o norte.

Segundo Rainer Krefken, engenheiro de instalações de satélites de pesquisa da ESA, a queda do meteorito não poderia ser prevista com as técnicas disponíveis na atualidade. A queda de meteoritos é um fenômeno que ocorre cerca de uma vez ao ano, mas normalmente passa despercebido porque costuma ocorrer no deserto ou outras áreas não povoadas.  

Às 17h24 do horário de Brasília, o asteróide atingiu o ponto mais próximo ao planeta, tornando-se o primeiro objeto cósmico a passar mais perto da Terra desde que esse tipo de medição começou a ser feita, embora suficientemente longe para que não tivesse nenhuma conseqüência, segundo os especialistas.

A distância mínima foi atingida quando o corpo celeste, de 130 mil toneladas, estava na direção do Oceano Índico, perto da Ilha de Sumatra, na Indonésia, e será possível vê-lo com ajuda de instrumentos em partes da Ásia, Oceania, Europa e África

O visitante celestial foi descoberto no ano passado por um grupo de astrônomos amadores da Espanha.,

Astrônomos afirmaram que não havia chance de o asteroide colidir com a Terra, mas caso isto acontecesse, liberaria cerca de 2,5 megatoneladas de energia na atmosfera. “Seria algo comparável ao impacto causado por outro objeto em Tuguska na Sibéria em 1908”, disse Donald Yeomans administrador do Programa de Objetos Próximos a Terra, da Nasa. O choque na Sibéria resultou em grande devastação em uma área de 1.200 quilômetros quadrados.

Por passar tão perto da Terra, no entanto, o 2012 DA14 entrou no Anel Geoestacionário, área em que orbitam os satélites e a Estação Espacial Internacional. De acordo com Eugênio Reis, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, a passagem não causa interferência nos meios de comunicação, pois o corpo celeste é uma rocha pequena que não emite qualquer tipo de radiação. Entretanto, as gravidades da Terra e da Lua mudarão a órbita do asteroide, que reduzirá sua translação (órbita em torno do Sol) de aproximadamente 366 dias para menos de 320, o que deixará os encontros com o planeta mais raros.

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