quarta-feira, 17 de abril de 2013

Mal de Alzheimer...Um pouco sobre esta doença degenerativa.

O mal de Alzheimer, particularmente para mim, é uma doença que me preocupa. Seja por causa dos meus pais, que já são idosos, ou por conhecidos que eu tenho e pude ver como é uma doença que mexe com a estrutura de toda uma família e como nunca estamos preparados para tal.

O que é Mal de Alzheimer ou Alzheimer?

Pela definição da Wikipédia: " É uma doença degenerativa, atualmente incurável mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família."

"Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa da doença é desconhecida. Perder funções não cognitivas significa apresentar distúrbios de comportamento que vão da apatia ao isolamento e à agressividade", diz Dr. Drauzio Varella.

Causas da doença:

Existem várias teorias que procuram explicar a causa da doença, mas nenhuma delas está provada:
  1. IDADE: quanto mais avançada a idade, maior a porcentagem de idosos com demência. Aos 65 anos,   chega-se a uma estimativa de 2-3% dos idosos, e entre as idades de 85-90 anos o percentual chega a 40%.
  2. IDADE MATERNA: filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, podem ter mais tendência à problemas demenciais na terceira idade.
  3. HERANÇA GENÉTICA: já se aceita, mais concretamente, que seja uma doença geneticamente determinadas, não necessariamente hereditárias (transmissão entre familiares)
  4. TRAUMATISMO CRANIANO: nota-se que idosos que sofreram traumatismos cranianos mais sérios, podem futuramente desenvolver demência. Não está provado.
  5. ESCOLARIDADE: talvez uma das razões do grande crescimento das demências, nos países mais pobres. O nível de escolaridades pode influir na tendência a ter Alzheimer.
  6. TEORIA TÓXICA: principalmente pela contaminação pelo alumínio. Também nada provado.
Quais são os sintomas?


Cada paciente sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum.  É fato que a doença começa com a dificuldade de lembrar de coisas familiares: pessoas, coisas, eventos conhecidos, ou até com dificuldade para fazer contas simples de cabeça. Como esses são sinais comuns do envelhecimento, mesmo em pessoas saudáveis, é comum não se importar com esses sinais.

Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas, como confusão mental, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade.  Antes de se tornar totalmente aparente o Mal de Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado e assintomático durante anos.

Diagnóstico:

Os testes para Alzheimer incluem uma avaliação física, neurológica e psiquiátrica e um histórico médico sobre o uso de medicamentos, dieta e condições médicas do paciente. Também são realizados testes de memória, resolução de problemas lógicos e de linguagem (testes cognitivos).

O diagnóstico da doença em seus estágios iniciais tem benefícios: saber da condição com antecedência pode ajudar o paciente e sua família a planejar o futuro, enquanto a pessoa ainda pode participar nas decisões.


As primeiras habilidades perdidas são as mais complexas: manejo das finanças, planejamento de viagens, preparo de refeições. A capacidade de executar atividades mais básicas como vestir-se, cuidar da higiene ou alimentar-se, é perdida mais tardiamente.

O quadro degenerativo se estende às funções motoras: andar, subir as escadas, vestir-se, tornam-se atividades de execução cada vez mais problemáticas.

Dos primeiros sintomas ao óbito a sobrevida média é de 6 a 9 anos.

Fases da doença:

Reconhecemos quatro fases na evolução da doença, onde os idosos manifestam determinadas características comuns:

FASE INICIAL:
  • DISTRAÇÃO
  • DIFICULDADE DE LEMBRAR NOMES E PALAVRAS
  • ESQUECIMENTO CRESCENTE
  • DIFICULDADE PARA APRENDER NOVAS INFORMAÇÕES
  • DESORIENTAÇÃO EM AMBIENTES FAMILIARES
  • LAPSOS PEQUENOS, MAS NÃO CARACTERÍSTICOS DE JULGAMENTO E COMPORTAMENTO
  • REDUÇÃO DAS ATIVIDADES SOCIAIS DENTRO E FORA DE CASA
FASE MODERADA:
  • PERDA MARCANTE DA MEMÓRIA E DA ATIVIDADE COGNITIVA
  • DETERIORAÇÃO DAS HABILIDADES VERBAIS, DIMINUIÇÃO DO CONTEÚDO E DA VARIAÇÃO DA FALA
  • APRESENTA MAIS ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO: FRUSTRAÇÃO, IMPACIÊNCIA, INQUIETAÇÃO, AGRESSÃO VERBAL E FÍSICA
  • ALUCINAÇÕES E DELÍRIOS
  • INCAPACIDADE PARA CONVÍVIO SOCIAL AUTÔNOMO
  • PERDE-SE COM FACILIDADE, TENDÊNCIA A FUGIR OU PERAMBULAR PELA CASA
  • INICIA PERDA DO CONTROLE DA BEXIGA
FASE AVANÇADA:
  • A FALA TORNA-SE MONOSSILÁBICA E MAIS TARDE, DESAPARECE
  • CONTINUA DELIRANDO
  • TRANSTORNOS EMOCIONAIS E DE COMPORTAMENTO
  • PERDA DO CONTROLE DA BEXIGA E DO INTESTINO
  • PIORA DA MARCHA, TENDENDO A FICAR MAIS ASSENTADO OU NO LEITO
  • ENRIGECIMENTO DAS ARTICULAÇÕES
  • DIFICULDADE PARA ENGOLIR ALIMENTOS, EVOLUINDO PARA USO DE SONDA ENTEAL OU GASTRONOMIA (SONDA DO ESTÔMAGO) 
FASE TERMINAL:
  • COMPLETAMENTE DEPENDENTE DAS PESSOAS QUE TOMAM CONTA DELE.
  • A LINGUAGEM ESTÁ AGORA REDUZIDA A SIMPLES FRASES OU ATÉ PALAVRAS ISOLADAS. ACABANDO, EVENTUALMENTE, EM PERDA DA FALA.
  • A AGRESSIVIDADE AINDA PODE ESTAR PRESENTE.
  • A APATIA EXTREMA E O CANSAÇO SÃO RESULTADOS BASTANTE COMUNS.
  • NÃO CONSEGUEM MAIS DESEMPENHAR AS TAREFAS MAIS SIMPLES SEM AJUDA.
  • A SUA MASSA MUSCULAR E A SUA MOBILIDADE DEGENERAM-SE A TAL PONTO QUE O PACIENTE TEM DE FICAR DEITADO NUMA CAMA.
  • PERDEM A CAPACIDADE DE COMER SOZINHOS.
  • POR FIM, VEM A MORTE, QUE NORMALMENTE NÃO É CAUSADA PELO MAL DE ALZHEIMER, MAS POR OUTRO FATOR EXTERNO (PNEUMONIA, POR EXEMPLO)

TRATAMENTO:

Até o momento não dispomos de tratamentos curativos para esta doença, mas podemos administrar medicações, fisioterapia e psicoterapia que retardam a evolução e que procuram melhorar as capacidades mentais dos pacientes. O acompanhamento com profissionais especializados permite também o controle das alterações comportamentais que frequentemente perturbam o paciente e sua família.

Existem dois grupos de drogas: inibidores das colinesterases e os antagonistas dos receptores de glutamato.

Embora várias drogas estejam sendo testadas, atualmente, o tratamento mais eficaz se baseia na utilização das que inibem a ação enzimática responsável pela degradação da aceticolina (inibidores da aceticolinesterase).

A aceticolina é um neurotransmissor importante nos mecanismos de memória e aprendizagem. Na doença de Alzheimer, como consequência da degeneração dos neurônios  ocorre redução da atividade da aceticolina por ação de enzimas que a degradam. Essa perda de atividade está associado ao declínio cognitivo.

Esses medicamentos têm eficácia documentada, e estão indicados no tratamento das formas leve ou moderada, com a finalidade de ajudar os pacientes a manter a habilidade de executar as atividades de rotina por mais tempo e de preservar a capacidade de relacionar-se com os familiares e amigos.

FINALIZANDO....

Entre no site abaixo e faça um teste de memória!


FONTES:





Nenhum comentário:

Postar um comentário