O mal de Alzheimer, particularmente para mim, é uma doença que me preocupa. Seja por causa dos meus pais, que já são idosos, ou por conhecidos que eu tenho e pude ver como é uma doença que mexe com a estrutura de toda uma família e como nunca estamos preparados para tal.
O que é Mal de Alzheimer ou Alzheimer?
Pela definição da Wikipédia: " É uma doença degenerativa, atualmente incurável mas que possui tratamento. O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família."
"Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa da doença é desconhecida. Perder funções não cognitivas significa apresentar distúrbios de comportamento que vão da apatia ao isolamento e à agressividade", diz Dr. Drauzio Varella.
Causas da doença:
Existem várias teorias que procuram explicar a causa da doença, mas nenhuma delas está provada:
- IDADE: quanto mais avançada a idade, maior a porcentagem de idosos com demência. Aos 65 anos, chega-se a uma estimativa de 2-3% dos idosos, e entre as idades de 85-90 anos o percentual chega a 40%.
- IDADE MATERNA: filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, podem ter mais tendência à problemas demenciais na terceira idade.
- HERANÇA GENÉTICA: já se aceita, mais concretamente, que seja uma doença geneticamente determinadas, não necessariamente hereditárias (transmissão entre familiares)
- TRAUMATISMO CRANIANO: nota-se que idosos que sofreram traumatismos cranianos mais sérios, podem futuramente desenvolver demência. Não está provado.
- ESCOLARIDADE: talvez uma das razões do grande crescimento das demências, nos países mais pobres. O nível de escolaridades pode influir na tendência a ter Alzheimer.
- TEORIA TÓXICA: principalmente pela contaminação pelo alumínio. Também nada provado.
Quais são os sintomas?
Cada paciente sofre a doença de forma única, mas existem pontos em comum. É fato que a doença começa com a dificuldade de lembrar de coisas familiares: pessoas, coisas, eventos conhecidos, ou até com dificuldade para fazer contas simples de cabeça. Como esses são sinais comuns do envelhecimento, mesmo em pessoas saudáveis, é comum não se importar com esses sinais.
Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas, como confusão mental, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem, perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. Antes de se tornar totalmente aparente o Mal de Alzheimer vai-se desenvolvendo por um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado e assintomático durante anos.
Diagnóstico:
O diagnóstico da doença em seus estágios iniciais tem benefícios: saber da condição com antecedência pode ajudar o paciente e sua família a planejar o futuro, enquanto a pessoa ainda pode participar nas decisões.
As primeiras habilidades perdidas são as mais complexas: manejo das finanças, planejamento de viagens, preparo de refeições. A capacidade de executar atividades mais básicas como vestir-se, cuidar da higiene ou alimentar-se, é perdida mais tardiamente.
O quadro degenerativo se estende às funções motoras: andar, subir as escadas, vestir-se, tornam-se atividades de execução cada vez mais problemáticas.
Dos primeiros sintomas ao óbito a sobrevida média é de 6 a 9 anos.
Fases da doença:
Reconhecemos quatro fases na evolução da doença, onde os idosos manifestam determinadas características comuns:
FASE INICIAL:
- DISTRAÇÃO
- DIFICULDADE DE LEMBRAR NOMES E PALAVRAS
- ESQUECIMENTO CRESCENTE
- DIFICULDADE PARA APRENDER NOVAS INFORMAÇÕES
- DESORIENTAÇÃO EM AMBIENTES FAMILIARES
- LAPSOS PEQUENOS, MAS NÃO CARACTERÍSTICOS DE JULGAMENTO E COMPORTAMENTO
- REDUÇÃO DAS ATIVIDADES SOCIAIS DENTRO E FORA DE CASA
FASE MODERADA:
- PERDA MARCANTE DA MEMÓRIA E DA ATIVIDADE COGNITIVA
- DETERIORAÇÃO DAS HABILIDADES VERBAIS, DIMINUIÇÃO DO CONTEÚDO E DA VARIAÇÃO DA FALA
- APRESENTA MAIS ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO: FRUSTRAÇÃO, IMPACIÊNCIA, INQUIETAÇÃO, AGRESSÃO VERBAL E FÍSICA
- ALUCINAÇÕES E DELÍRIOS
- INCAPACIDADE PARA CONVÍVIO SOCIAL AUTÔNOMO
- PERDE-SE COM FACILIDADE, TENDÊNCIA A FUGIR OU PERAMBULAR PELA CASA
- INICIA PERDA DO CONTROLE DA BEXIGA
FASE AVANÇADA:
- A FALA TORNA-SE MONOSSILÁBICA E MAIS TARDE, DESAPARECE
- CONTINUA DELIRANDO
- TRANSTORNOS EMOCIONAIS E DE COMPORTAMENTO
- PERDA DO CONTROLE DA BEXIGA E DO INTESTINO
- PIORA DA MARCHA, TENDENDO A FICAR MAIS ASSENTADO OU NO LEITO
- ENRIGECIMENTO DAS ARTICULAÇÕES
- DIFICULDADE PARA ENGOLIR ALIMENTOS, EVOLUINDO PARA USO DE SONDA ENTEAL OU GASTRONOMIA (SONDA DO ESTÔMAGO)
FASE TERMINAL:
- COMPLETAMENTE DEPENDENTE DAS PESSOAS QUE TOMAM CONTA DELE.
- A LINGUAGEM ESTÁ AGORA REDUZIDA A SIMPLES FRASES OU ATÉ PALAVRAS ISOLADAS. ACABANDO, EVENTUALMENTE, EM PERDA DA FALA.
- A AGRESSIVIDADE AINDA PODE ESTAR PRESENTE.
- A APATIA EXTREMA E O CANSAÇO SÃO RESULTADOS BASTANTE COMUNS.
- NÃO CONSEGUEM MAIS DESEMPENHAR AS TAREFAS MAIS SIMPLES SEM AJUDA.
- A SUA MASSA MUSCULAR E A SUA MOBILIDADE DEGENERAM-SE A TAL PONTO QUE O PACIENTE TEM DE FICAR DEITADO NUMA CAMA.
- PERDEM A CAPACIDADE DE COMER SOZINHOS.
- POR FIM, VEM A MORTE, QUE NORMALMENTE NÃO É CAUSADA PELO MAL DE ALZHEIMER, MAS POR OUTRO FATOR EXTERNO (PNEUMONIA, POR EXEMPLO)
TRATAMENTO:
Até o momento não dispomos de tratamentos curativos para esta doença, mas podemos administrar medicações, fisioterapia e psicoterapia que retardam a evolução e que procuram melhorar as capacidades mentais dos pacientes. O acompanhamento com profissionais especializados permite também o controle das alterações comportamentais que frequentemente perturbam o paciente e sua família.
Existem dois grupos de drogas: inibidores das colinesterases e os antagonistas dos receptores de glutamato.
Embora várias drogas estejam sendo testadas, atualmente, o tratamento mais eficaz se baseia na utilização das que inibem a ação enzimática responsável pela degradação da aceticolina (inibidores da aceticolinesterase).
A aceticolina é um neurotransmissor importante nos mecanismos de memória e aprendizagem. Na doença de Alzheimer, como consequência da degeneração dos neurônios ocorre redução da atividade da aceticolina por ação de enzimas que a degradam. Essa perda de atividade está associado ao declínio cognitivo.
Esses medicamentos têm eficácia documentada, e estão indicados no tratamento das formas leve ou moderada, com a finalidade de ajudar os pacientes a manter a habilidade de executar as atividades de rotina por mais tempo e de preservar a capacidade de relacionar-se com os familiares e amigos.
FINALIZANDO....
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FONTES:
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