segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Meu pai - minha base

Eu só tenho a agradecer a Deus pela linda família que eu tenho!

Quando eu era menor e depois na adolescência costumava ficar muito brava com meu pai, porque ele não me deixava sair sozinha e ainda tinha horário para chegar em casa! Sem falar naquele interrogatório que não acabava nunca: aonde eu vou, com quem, que horas vou voltar, quem vai me trazer.... queria saber cada detalhe!

Lembro que achava estar "pagando um mico" cada vez que ele me levava ou buscava em algum lugar. Sempre pedia para ele parar na esquina. Dar um beijo na frente dos outros então.... nem pensar!

O meu primeiro namorado sério eu tinha entre 18, 19 anos e nesta época briguei muito com meu pai por causa do horário para chegar em casa. Eu era maior de idade e não aceitava mais ter que estar em casa à meia noite e ter que responder àquelas perguntas chatas.

Principalmente porque eu tinha acabado de voltar de um intercâmbio e ter morado um ano numa casa de família americana. Como voltar para casa e acatar com todas as regras antigas?!

Com o tempo meu pai foi percebendo que precisava mudar. Mas acredito que não deve ter sido fácil para ele aceitar que sua "filhinha" tinha crescido.

Acho que até meus 12 anos nós dois conversávamos muito e eu contava tudo da minha vida para ele.... mas na adolescência tudo muda. Como contar os meus sentimentos pra ele? Como contar minhas travessuras? Minhas paquerinhas? Não dava!

Hoje, com 37 anos, nós dois voltamos a ficar mais próximos e apesar de ainda falarmos pouco da minha vida íntima, quando sentamos para conversar, ficamos horas e é tão gostoso. Adoro escutar as histórias antigas da vida dele. Aprendo muito com estas trocas.

Sou grata à ele pela base e educação que tive. Fiz e faço ainda muita besteira e por mais que ele diga que não vai dar certo, tem coisas que eu preciso vivenciar para poder ter as minhas próprias experiências de vida!

É engraçado como hoje, por eu ser mãe, entendo as preocupações dele e quando eu menos espero estou fazendo as mesmas perguntas para a Gabi. O mesmo interrogatório! Mas isto se chama AMOR. Preocupação para saber aonde ela está, com quem e fazendo o que.

Diria que é a vida que se repete.....

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